Não adianta lutar contra elas para impedir seu movimento, pois, aí sim, os castigos
podem ir muito além da loucura e da morte.
O fogo pode aquecer, forjar, queimar ou destruir e as cinzas podem ser facilmente espalhadas pelo vento,
lançando partículas que talvez demorem milênios para se recomporem novamente.
Aleister Crowley sabia disto. Sabia muito mais, como por exemplo a ligação existente entre energia e forma.
Neste sentido e em vários outros o Tarot de Crowley é o brilho dos brilhos.
Ali, o que está fixado em cada Arcano são formas de captação energética atemporal e cada uma delas
traz em si um Universo determinado e diverso que vem a formar o ser de cada Arcano.
Um dos efeitos do contacto com este Tarot é a libertação do processo alquímico
intrínseco a cada um de nós. “Solve e Coagula”, dizem os Alquimistas.
A primeira parte deste processo já é demasiadamente difícil para alguns que infalivelmente
abandonam o caminho, sem se darem conta de que estão aban-donandos a si mesmos. Isto, por
estarem acostumados com as tais gavetas fechadas, comandadas por um enganoso jogo
sadomasoquista existente entre uma determinada força que vem a comandar seu espírito e
seus próprios desejos egoístas que dirigem sua mente determinando suas ações.
Por isto, Aleister Crowley nos alerta tanto quanto à importância do Arcano Zero (O Louco)
e para o mito de Dionísio, tentando nos mostrar que os inocentes e puros terão o êxtase
suficiente para caminhar com alegria pelos ensinamentos trazidos pelos outros Arcanos
e conhecer os seguidores de Baco tal como são.
O próprio Crowley nos mostra o caminho: O AMOR.
Amor sob vontade. Esta é a Lei.
“IGNI NATURA RENOVATUR ÍNTEGRA”